A importância do Plano de Manejo:
O Plano de Manejo significa elaborar e compreender o conjunto de ações necessárias para a gestão e uso sustentável dos recursos naturais em qualquer atividade no interior de uma área e em seu entorno de modo a conciliar, de maneira adequada e em espaços apropriados, os diferentes tipos de usos com a conservação da biodiversidade.
O processo de elaboração do Plano de Manejo é um ciclo contínuo de consulta e tomada de decisão com base no entendimento das questões ambientais, socioeconômicas, históricas e culturais que caracterizam uma área e a região onde esta se insere.
O Plano de Manejo no Ambiente Urbano:
Comumente o Plano de Manejo é aplicado às unidades de conservação, tanto públicas quanto privadas, mas as questões ambientais também são pertinentes ao ambiente urbano (veja: Bases ecológicas para o desenvolvimento sustentável – Ecologia Urbana). Mesmo que este sofra todas as modificações antrópicas também apresenta questões associadas aos recursos naturais, tendo assim o Plano de Manejo a função de ferramenta mestra na gestão desses conflitos entre o meio ambiente e o meio urbano.
Nesse contexto pode-se discutir a função das Florestas Urbanas, abordada na literatura sob os mais diversificados pontos de vista, mas todos ensejam o mesmo objetivo que se define para uma área verde. Principalmente no que diz respeito ao conjunto de benefícios diretos e indiretos desses espaços dentro das cidades, que se relacionam com os aspectos sociais, econômicos e ambientais, os quais são amplamente difundidos e conceituados.
Plano de Manejo em Florestas Urbanas:
As Florestas Urbanas que também podem ser definidas como a cobertura arbórea urbana, públicas ou privadas, são importantes na contribuição da manutenção da biodiversidade. São locais onde plantas, insetos e animais encontram abrigo e alimento dentro da cidade. A implementação de uma Floresta Urbana serve de potencial alternativa de lazer e muitos benefícios à população. Permite a toda população da cidade se deparar, numa caminhada mais atenta, com várias espécies de pássaros, insetos, flores e mamíferos. Entretanto, o seu valor para a cidade vai além da preservação das espécies e do lazer. Esses fragmentos vegetais podem mitigar os efeitos da poluição química e sonora, reduzir o efeito de ilha de calor, aumentar a disponibilidade e qualidade da água, reduzir a erosão nas encostas e, por consequência, os assoreamentos dos rios.
As iniciativas e mecanismos para proteção das florestas particulares em áreas urbanas são quase inexistentes, mas não deve ser um fator motivador a falta de consciência perante a conservação e manutenção dessas áreas. Os benefícios são indiscutíveis e a justificativa para se fazer o Plano de Manejo para estes espaços verdes vai de encontro a valores culturais, históricos, familiares, ecológicos, ou mesmo por motivos de exigência legal e de valorização financeira.
Segundo o Manual de Arborização da CEMIG – 2011, no momento da realização do Plano de Manejo de um espaço verde urbano, é importante lembrar que ele está conectado com diversos seres vivos, que dependem uns dos outros, numa complexa teia de vida. Assim, quando for preciso realizar uma intervenção em uma área, é importante planejá-la, para evitar ou minimizar os danos sobre ela mesma e sobre os outros seres vivos que com ela interagem, incluindo os seres humanos.
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